terça-feira, 18 de junho de 2013




bilhete de viagens IV

Minha querida amiga

A casa aqui tem paredes de papel de arroz
... Cercas de violetas. [a cada respiração a revolução numa flor absorta de sol]
Nos quintais pés descalços ornam as sombras das árvores. Não-adjetivadas.
Aqui também as águas não têm adjetivos. São nomeadas por palavras em explosão. Que evaporam, assim que ditas.
O orvalho forma-se lentamente
[num tempo necessário para que todas as almas debruçadas no corpo recontem histórias.]
Uma sinfonia de vozes escorre pelos dedos.
E passamos as tardes, tranquilas, ouvindo cada sutiliza de som.
As dores de cabeça são tratadas com a sequência da latejação das pálpebras. E ordena o tempo. Quando esse há. até não mais haver.

depois disso não passamos
nem movemos o peito ao respirar
 e tudo é absorvido pela gota de orvalho no céu da boca.

Com saudades

d.

Um comentário:

amig@s

aquilo que queria dizer.

aquilo que eu disse:

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